Chefe de licitação da Prefeitura de Sidrolândia, Marcus Vinícius preso durante Operação Tromper (Foto: Marcos Maluf)
Na manhã desta quarta-feira (03), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpre mandados pela terceira fase da Operação Tromper. Cumpriu 8 (oito) mandados de prisão e 28 (vinte e oito) de busca e apreensão.
Durante a Operação Tromper, foram presos o vereador de Campo Grande Claudio Serra (PSDB) e o empresário Hueverton da Silva Macedo( Frescura), além do chefe de licitações da Prefeitura de Sidrolândia, Marcus Vinicius, e da funcionária Ana Paula Flores. Também foram executados mandados de busca e apreensão nas residências do secretario da Educação da cidade, Rafael Soares Rodríguez, e do secretário adjunto de Assistência Social, Paulo Vitor.
Claudinho Serra , foi preso pela manhã em sua residência , que fica localizada no residencial de luxo Damha III em Campo Grande, na nova fase da operação contra a corrupção no município. Ele é um dos alvos de prisão da operação, comandada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Cívil, que apura corrupção na prefeitura de Sidrolândia.
Claudinho assumiu, inicialmente, uma das cadeiras da Câmara Municipal de Campo Grande no dia 23 de maio do ano passado. Ele era suplente do parlamentar professor João Rocha (PP), que se licenciou do cargo de vereador para assumir a secretaria de Governo da Prefeitura da Capital. Com a volta de Rocha para Câmara, Rocha assumiu em março deste ano a vaga de Ademir Santana, que saiu para atuar na campanha eleitoral, assumindo o cargo de coordenação da campanha a prefeito do deputado federal Beto Pereira (PSDB).
Operação Tromper
Conforme as investigações do Grupo Especial do Ministério Público, a existência de uma organização criminosa especializada em fraudes em licitações e contratos administrativos ficou evidenciada nas apurações, que tem como alvo a Prefeitura de Sidrolândia.
Ainda, entre as ações da organização, o GECOC cita a prática do pagamento de propina feitos a agentes públicos municipais, além da identificação de um “braço” do esquema que envolvia atuação no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica.
Também, o Ministério Público aponta que os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 15.000.000,00.
Nas etapas iniciais da Operação Tromper, os agentes conduziram uma averiguação sobre atos ilícitos na administração pública de Sidrolândia. Foi constatada, de acordo com o Gecoc, uma espécie de conluio entre empresas que concorreram em processos licitatórios e celebraram acordos para prestação de serviços com a Prefeitura local, os quais totalizam quantias vultosas.
Conforme as investigações continuaram, também se averiguou a presença de um grupo criminoso focado em fraudes em concorrências e desvio de recursos públicos, além do suborno a servidores públicos, inclusive em troca de informações confidenciais do governo municipal.
