Foto: Justiça Eleitoral/Reprodução
Vereadores de base da prefeita de Sidrolândia Vanda Camilo (PP) rejeitaram o relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e a Chefe do executivo ‘escapou’ de investigação que poderia resultar na cassação do mandato. Porém a prefeita ainda enfrentara um logo caminho de investigações do (MP). O documento final pedia a instauração de Comissão Processante por irregularidades e indícios de improbidade administrativa no município. O relatório final foi encaminhado pelos vereadores da Comissão Parlamentar ao Ministério Púbico Estadual na tarde desta quinta – feira(26).
O relatório foi votado durante a sessão ordinária na manha de hoje. Os oito vereadores que fazem parte da base da prefeita de Sidrolândia foram contra a instauração de uma Comissão Processante. São eles: Cledinaldo Cotócio (PP), Professora Juscinei Claro (PP), Claesio Lechner(PSB), Joana Michaski (PSB), Itamar Souza(DEM), Gilson Galdino (Rede), Izaqueu de Souza Diniz (Patriota) e Valdecir Carnevalli (PSDB).
Rejeitando o relatório final esses vereadores foram contra a população do município, logo que segundo uma pesquisa feita, os moradores da cidade aprovavam a Comissão Parlamentar de Inquérito, 83,79% dos cidadãos querem saber o que está acontecendo, se os possíveis casos de corrupção está acontecendo de fato na prefeitura de Sidrolândia .

Além disso, a CPI foi alvo de pedidos liminares para suspensão das investigações. Contudo, a Justiça negou as solicitações e manteve o grupo de trabalho na Câmara.
O relatório seria votado na terça-feira (24), mas a sessão foi adiada após a morte parlamentar do Sandro Luiz Gonzales (PSD) .
O presidente da comissão, vereador Enelvo Felini Junior, em entrevista ao Jornal Autenticidade diz estar tranquilo.” Eu estou tranquilo, dever cumprido, fizemos a nossa parte, trabalhamos com seriedade, com cautela na hora de investigar e fazer o relatório final. Agora se os vereadores não quiseram votar a favor, quiseram compactuar a corrupção que está instaurada em Sidrolândia, eles vão se acertar com o Ministério Público e com a população. Fizemos a nossa parte, já entregamos o relatório final no (MP), hoje a tarde, agora é só aguardar a justiça. Eu estou com a minha consciência tranquila, eu sei que estou trabalhando pelo bem da população do município, estamos vendo o nosso dinheiro ser roubado e a maioria dos vereadores não fazem nada, eu sei que fiz a minha parte, eu sei que esses vereadores que ajudaram na (CPI) e votaram favorável, eles estavam fazendo pela população, não pelos vereadores. Nós vereadores fomos eleitos para ajudar e trabalhar para a população, fizemos a nossa parte, cada um sabe o que faz e a conta um dia chega. ‘concluiu Junior
Esquema de fraudes
O esquema de corrupção envolvendo licitações da Prefeitura de Sidrolândia envolve empresários da cidade, que fraudaram documentos de empresas concorrentes, para garantir que seriam elas as contratadas . Mesmo assim, sem estrutura, essas empresas terceirizaram os serviços pelos quais receberam milhões de reais em dinheiro público.
Segundo o documento que baseou os pedidos de prisão e busca e apreensão, na primeira fase da Operação Tromper, o esquema de corrupção teria começado em 2017.
Dessa forma, os empresários aproveitaram os CNPJs para participar de licitações, mesmo sem qualquer tipo de experiência, estrutura ou capacidade para executar os serviços ou fornecimentos dos contratos firmados.
Cassação da prefeita
Segundo Enelvo Felini, o relatório foi finalizado no dia 13 deste mês. A abertura da Comissão Processante foi anunciada em sessão da terça-feira (17) e seria votada na sessão desta terça-feira (24).
A CPI foi conduzida pelos respectivos vereadores; Presidente – Enelvo Felini Junior (PSDB), Relator – Cleyton Martins (PSB), Secretário – Ademir Gabardo (PSDB), além dos membros Adavilton Brandão (MDB) e Izaqueu Diniz (Patriota). Izaqueu acabou abandonando a oposição passando para o lado da base da prefeita.
A abertura de Comissão Processante permitia que a investigação reunisse mais elementos probatórios, que poderiam resultar na cassação da chefe do Executivo municipal.